Thursday, August 30, 2007

A Mala - Foi na SMUP!

Uma plateia...
Um palco.

O silêncio!
O silêncio...

De repente, uma mulher de aspecto sombrio e semblante carregado cruza o palco cabisbaixa! Percorre-o de uma ponta à outra, e volta a desaparecer na escuridão...

O silêncio...
O silêncio!

A mulher aparece novamente do nada, cruza o palco com pressa, carregada com o peso da vida e com uma pequena mala vermelha... Desaparece no extremo oposto da vida... Do palco...

O silêncio...
O silêncio...
O silêncio!

Cruza novamente o palco, aquela estranha mulher em passo apressado... Desta vez detém-se a meio! Pousa a mala. Vê o relógio. As horas! O tempo, os compromissos! Pega na mala e retoma o passo apressado até desaparecer no escuro!...

O silêncio...

A mulher reaparece.

Atravessa o palco apressada. Desta vez desvia-se do caminho!... Caminha, sempre em passo apressado, até aos limites do palco, da vida, alcança os degraus, que começa a descer apressada! A meio pára! Pára. E olha.

E naquele momento a vida pára... Sustém o folego por um instante, para a deixar ver o que a rodeia...

A mulher levanta a cabeça e olha em redor, admirada...

"É um teatro..."
"É o teatro!"

A mulher continua a descer as escadas e, alcançando o espaço da plateia, relaxa... Olha em volta e inspira o ar do Teatro.

"Aqui ri-se, aqui chora-se, aqui brinca-se, contam-se histórias..."
"Aqui."


A mulher pousa a mala. Enquanto tira as peças de roupa sombria que a cobrem, fala do Teatro.
"Aqui brinco, aqui me esqueço do que sou, das regras, dos padrões de comportamento, dos estereótipos... Aqui me liberto das camadas que me cobrem, me escondem... Aqui fico como sou, matéria-prima..."

Ajoelha-se.
A mulher abre a mala. Enquanto continua a falar para o público imaginário, mas presente, tira da mala novas personalidades. Uma cabeleira de palhaço, uma echarpe de plumas, uma coroa de rainha (ou de rei, porque nao?!), um xaile de fadista!

"Aqui posso ser quem quiser, um palhaço, uma actriz, um rei, uma rainha, uma cantora! Posso sair de mim e ser quem quiser!

Porque aqui, no Teatro, acabo-me e recomeço-me de todas as vezes que represento!

Aqui descubro quem sou...

Aqui... No Teatro..."


Foi assim que ontem apresentei a minha Mala... :)

A Mala é um pequeno exercicio que fazemos antes dos ensaios. Todas as semanas alguém, encarregue de levar para casa uma pequena mala antiga, tem o desafio de apresentar ao Grupo uma pequena 'peça' que inclua a mala de alguma forma.
E ontem foi a minha vez!

Não é fácil!! :S
Mas lá fui, e saiu qualquer coisa parecido com o que descrevi!

O texto acima é tanto a forma como a 'peça' de desenrolou, como o que gostava de ter conseguido transmitir... Sei que não consegui transmitir a 100% tudo o que queria, porque o nervosismo e a falta de à-vontade ainda é muita! Mas gostei de dar este bocadinho de mim...

Boas teatrices! :)



Friday, August 10, 2007

Hamlet! E outros... Do nosso Carlos!! :)

Foi no passado dia 1 de Agosto, num bom augurio para o mês de férias, que o nosso Carlos se estreou nas lides teatrais!! E em grande, devo dizer!! :)

Na Academia Guilherme Coussul encenou um espanholito que espelhava vivacidade enquanto ia procurando flautas! Transmitiste imensa vida, paixao, e abstraiste-te por completo do público, ou pelo menos assim nos pareceu, o que, diria, é um bom sinal!! :):)

Achei a tua expressao corporal fantastica, nada estática, nada timida, nao! Encarnaste a personagem e mostraste-nos, nao o Carlos, mas um personagem rico em expressividade e entrega!!

Lembras-te dos primeiros dias na Sorrir?? O nervosismo, o medo?... Viste como já nao nos assustam e nao nos impedem tanto de fazer o queremos, quando o enfrentamos?? Continua, amiguinho, tás no BOM caminho!!! :):)

Estás COMPLETAMENTE de parabéns!!! :):):)

Bjoquinhas!!

E, claro, boas teatrices!! :)